sexta-feira, 11 de julho de 2014

Amsterdam

Better late than never...

Em plena viagem tem estado muito difícil atualizar o blog, pois estou querendo aproveitar cada segundo, mas agora arrumei um tempinho e quero mostrar pra vocês como foi a primeira das minhas viagens pra Europa: Amsterdam.

Bom, na chegada do aeroporto, tinha pesquisado no google qual seria o ônibus que deveria pegar para ir até o hotel, que ficava pertinho de um lugar super conhecido, o Museumplein. Rapidinho achei o ônibus, que custava €5. Na chegada, o motorista avisou que era aquela parada. A comunicacão por lá foi muito fácil, porque todos falam inglês.

Depois disso foi a saga em busca do hotel, pois a esperta não tinha o mapa, só as direções. O Inner Hotel ficava em uma ruela quase escondido, mas perguntando um pouco, cheguei lá. Gostei bastante do hotel, a recepção atenciosa e o quarto ótimo, com toalhas e cofre. O café da manhã custava €5, não era maravilhoso, mas valia a pena, com pães, frutas, cereal, café e suco.



Heineken Experience

O passeio do dia foi na fábrica da Heineken. Comprei o ingresso (€16) no hotel mesmo, com desconto e sem ter ter que enfrentar fila, que era grande.

O tour é bem interessante, eu curti muito, você vê um pouco da história da marca, as embalagens antigas, pode tocar e provar os grãos utilizados na fabricação, vê máquinas e assiste até uma sessão de cinema onde, como eles dizem, você é a cerveja e passa por todo o processo de moedura dos grãos, maturacão, engarrafamento e transporte, etc, com direito a banho de água, calor e muitas sacudidas heheh.

Logo, logo vem a primeira prova da cerveja, onde cada um recebe um copo de Heineken, ouve uma breve explicação sobre cor e espuma e com um brinde, todos mandam ver! Proost!!!



Seguindo caminho, tem salas de jogos, objetos relacionando futebol com a marca, lounges pra relaxar, conversar e assistir vídeos e, por fim, uma grande festa. São dois ambientes com mesas, bancos e um bar onde a galera pode tomar os seus dois chopps de brinde e ouvir musica, conversar pelo tempo que quiser, exatamente como um pub, muito legal!

Dica: é possível comprar uma garrafa personalizada onde você pode escrever o que quiser, mas atenção, lembre-se que não é possível levar líquidos de mais de 100ml no avião, então, como eu bem tarde me dei conta, talvez não seja a melhor lembrança que você pode levar. #FicaDica

Anne Frank's House

No segundo dia, fui à casa da Anne Frank, que é um museu contando a sofrida história da menina judia que morreu em um campo de concentração. Ela deixou um diário contando como era a vida quando os judeus eram perseguidos e suas experiências foram publicadas como livro pelo seu pai, único sobrevivente da família.


O ingresso custou €9, mas pra mim saiu beeem mais caro. Explico: o tempo estava péssimo por lá naquele final de semana, chuviscando, ventando muito e beeem frio. Chegando lá entrei na fila quando ela estava no fim do quarteirão. Foi 1 hora aguentando tudo isso pra entrar na casa molhada, praticamente congelada e com um guarda-chuva destruído. Sinto dizer que não valeu a pena.

Não é permitido tirar fotos, assim, não posso mostrar como era, mas tentarei descrever. Você vai andando pelos cômodos e vendo pequenas fotos nas paredes com textos explicativos, de vez em quando telas maiores com alguns vídeos. Não há móveis, a pedido do próprio Otto Frank, pai de Anne. Acho que por esse motivo tive grande dificuldade de me conectar com a história, mesmo já tendo lido o livro duas vezes, achei que me emocionaria muito mais, mas não cheguei nem perto.

Mais adiante é possível ver no quarto de Anne as gravuras que ela teria colado nas paredes como decoração, o engenhoso armário de livros que servia para esconder a passagem para o anexo secreto onde a família se escondia e vídeos de depoimentos de amigos que ajudaram a família e de Otto Frank.
Também há uma sessão com as edições e traduções do livro e reproduções de páginas do diário oficial.

É uma visita obrigatória na primeira vez em Amsterdam,  mas é bom não ir com as expectativas muito altas.

Holland Pass

Para os outros passeios usei o Holland Pass, por €35, pude usar em duas atrações sem enfrentar fila e tinha passe livre no transporte publico por um dia (€7,50). Usei bastante os trams (bondes) e visitei o Museu do Van Gogh (€15) e fiz um Canal Cruise (€15). Os dois passeios foram ótimos.



Canal Cruise

O Canal Cruise vale muito a pena, você vai de barco pelos principais canais, com áudio-tour contando cada detalhe. Cada centímetro de Amsterdam é lindo e os canais são grandes responsáveis. Você vê as casas-barco, e passa por baixo das diversas pontes.



Foi nesse passeio que descobri a resposta de uma coisa que estava me intrigando muito: Porquê vários prédios são tortos e parecem estar caindo? (É bem assustador). No áudio-tour descobrimos que esse fenômeno se deve ao terreno arenoso da cidade que não é capaz de suportar o peso dos prédios, por isso também eles tem tantas janelas, para serem mais leves. Além disso há um truque para fazer o prédio parecer maior, colocar janelas grandes em baixo e pequenas nos andares de cima.


Museu do Van Gogh

Eu realmente não entendo bulhufas de arte, mas posso dizer que se tem um trabalho que admiro é o de Van Gogh. Desde que vi alguns quadros na National Gallery, em Londres, fiquei impressionada.

No museu em Amsterdam podemos acompanhar toda a evolução do trabalho do artista desde que, aos 27 anos, decidiu ser pintor, passando pela sua internação em um hospital psiquiátrico e até sua morte precoce em um suposto suicídio.

Again, no photos!

Além de quadros de autoria de Van Gogh também estão expostos trabalhos de artistas que colaboraram e influenciaram sua arte durante toda sua vida.

Red Light District

O Red Light District é bem difícil de pôr em palavras. É um bairro no mínimo interessante. É bem difícil acreditar que em uma cidade tão pacata, linda e com pessoas tão atenciosas possa existir um ambiente que destoe tanto.

Conforme a noite vai chegando você vê cada vez mais pessoas passeando, se divertindo com as intrigantes vitrines e produtos de todo tipo, desde camisinhas com diversos formatos e temas até pessoas. Sim, pessoas! Que ficam expondo o corpo como propaganda para os seus potenciais clientes.



O mais interessante de tudo é que você vê famílias andando por esse ambiente como se fosse um passeio no parque. Vê grupos de turistas, meninas, meninos, gente de idade, todos muito curiosos, as vezes surpresos, mas todos acabam se divertindo. Entre sex shops, boates, clubes gay e as curiosas vitrines, estão restaurantes, lojas de doces e lanches.

Confesso que às vezes era bem constrangedor, ainda mais que eu estava sozinha. Mas sem dúvida é uma experiência muito interessante e serve quase como um estudo de comportamento social poder perceber como as diferenças e gostos e até como o entretenimento pode ser bastante relativo.

O mesmo pode-se falar sobre os coffee shops que, novamente, porque estava sozinha, acabei não entrando. É possível encontrar diversos, todos bastante decorados e onde é possível consumir a falada cannabis em diversos formatos. Fica pra próxima heheh.


Em resumo: não tem como não gostar de Amsterdam! Tudo é tão lindo, os prédios, os amontoados de bicicletas, os canais, as casas-barco, os parques, as tulipas, os mercados de rua, a história, enfim, é impossível não se apaixonar. I amsterdam!